Ansiedade
- Diemes Frigerio

- 13 de mai.
- 2 min de leitura

Ansiedade e medo: quando o corpo sente o que a mente não consegue dizer
A ansiedade costuma ser vista como algo isolado — um mal-estar que aparece de repente, um coração acelerado sem motivo, um pensamento que não para de repetir. Mas, na maioria das vezes, ela tem uma raiz bem mais profunda: o medo.
Nem sempre é fácil identificar de onde ele vem. Às vezes, é medo de falhar. Medo de ser rejeitado. Medo de não dar conta. Medo de perder alguém. Medo de não ser suficiente. E, em muitos casos, esse medo não é consciente — ele está ali, escondido em algum canto da mente, operando silenciosamente... até que o corpo começa a gritar.
A ansiedade, então, se torna uma espécie de “sinal de alerta” que o organismo dispara para tentar proteger você. É como se dissesse: tem algo aí dentro que precisa de cuidado. O problema é que, quando não olhamos para esse medo com compaixão e consciência, ele vai se acumulando — e a ansiedade passa a fazer parte da rotina.
Você começa a se sentir tenso(a) por qualquer coisa. Tem dificuldade para dormir. Vive no modo alerta, como se algo ruim fosse acontecer. Sente um peso no peito, um nó no estômago, uma pressa constante sem direção.
Mas a boa notícia é: isso tem cuidado. Tem escuta. Tem caminho.
Entender a ansiedade é, muitas vezes, um convite para entender também os medos que você aprendeu a esconder. E isso não é fraqueza. Pelo contrário: reconhecer e acolher o que está aí dentro é um ato de coragem.
Na terapia, criamos um espaço seguro para nomear esses sentimentos, entender de onde vêm e, aos poucos, devolver leveza para o seu dia a dia. Com respeito, com presença, com acolhimento.
Você não precisa continuar enfrentando tudo sozinho(a). A ansiedade não define quem você é — mas ela pode ser o ponto de partida para uma reconexão mais profunda com você mesmo(a).
Se algo em você está pedindo socorro, talvez esse seja o momento de ouvir. E de cuidar.
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